quarta-feira, 24 de junho de 2015

Réquiem por um ser querido [E.25]


Silêncio e paz.
Foi levado ao País da Vida.
Para quê fazer perguntas?
A sua morada, desde agora, é o Descanso,
e a sua veste, a Luz. Para sempre.
Silêncio e paz. Que sabemos nós?

Meu Deus, Senhor da História, dono do ontem e do
amanhã, nas Tuas mãos estão as chaves da vida e da morte.
Sem nada nos perguntares, levaste-o Contigo para a Morada Santa, e nós fechamos os nossos olhos, baixamos a fronte e dizemos-Te simplesmente: está bem, seja.

Silêncio e paz.

A música ficou submersa em águas profundas
e todas as nostalgias gravitam sobre planícies infindas.

Acabou-se o combate. Para ele já não haverá lágrimas,
nem prantos, nem sobressaltos. O Sol brilhará para sempre
sobre o seu rosto, e uma paz intangível assegurará
definitivamente as suas fronteiras.

Senhor da vida e dono dos nossos destinos,
nas Tuas mãos depositamos silenciosamente este ser
querido que nos deixou.

Enquanto, cá em baixo, entregamos à terra os seus
restos mortais, que a sua alma imortal repouse para
sempre na paz eterna, em Teu coração insondável e
amoroso, ó Pai de misericórdia.

Silêncio e paz.

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